Negrette – uva que se deu super bem na região em torno de Carcassone, nos Pirineus franceses, defendida por um AOC recente, de 2005, chamado Fronton, que regula o uso de uvas não autóctones como Cabernet Sauvignon e Merlot em misturas onde a prevalência fica para a dita negrinha (negrette), vinda – dizem as linguas – com os Cruzados desde o Mediterraneo, naquela época distante.
Rabigato – uva do Douro, autóctone daquela micro região, que perfuma e dilui o pesado corpo das tintas tânicas tão apreciadas, com uma função semelhante ao que se vê, por exemplo, no Governo Toscando, onde a Malvasia ou outras uvas brancas podem entrar com até 10% no corte da Sangiovese, um pouco para aliviar o peso de seus taninos.
Ocorre que o Rabigato ganhou independência há pouco tempo e corre livre e solto em vinhos de estrutura nunca dantes imaginada nesta cepa.
Rufete – uva da Beira, usada no máximo como complemento a tantos vinhos da região, como os que frequentaram nossas gôndolas da linhagem dos Almeida Garret. Na Expovinis deste ano, um produtor – Quinta dos Termos – nos visitou e trouxe este vinho improvável de muita personalidade, 100% Rufete. E pensar que conhecíamos tudo de vinho até o amanhecer deste novo dia!