LE MONDE | • Mis à jour le | Par Ophélie Neiman
Tradução livre e não autorizada pelo autor – minha.
Esta estrela dos bistrôs tem tudo para agradar: os perfumes da Syrah, um ar de hedonismo, e, principalmente, dezenas de milhares de hectolitros de produção.
O bom senso é o que se melhor divide, escrevia Descartes. Degustando um Crozes-hermitage, pensa-se que o bom gosto é o prolongamento natural deste pensamento. Esta AOC tem uma popularidade fiel e meritocrática. Nos bistrôs dos bairros, ela ocupa, há ao menos 15 anos, um lugar de destaque para quem quer degustar um vinho prazeiroso, chique sem ser caro em demasia. Mesmo que venha perdendo terreno para os vinhos mais chamativos e menos caros, quase sempre do Languedoc, o Crozas-hermitage continua sendo uma opção sem riscos.
É um vinho que nasceu com a estrela. Ou, mais que isso, sob a luz de um excelente paralelo, o 45e norte, com quem divide regiões como Bordeaux, Oregon e Piemonte. Uma latitude considerada como uma linha de equilíbrio ideal para os grandes vinhos.
A pequena cidadezinha de Crozes (do latim Crucem, “A Cruz” ou “Cruzamento”) vizinha de Tain-Hermitage, faz o papel de contrabaixo da famosa Hermitage. A Appellation Cruzes-hermitage nasceu em 1937.
No inicio, serviu de limite da comunidade, para dar evidencia às belas parcelas do Hermitage. Foi preciso esperar até 1952 para que a Appellation ganhasse sua dimensão atual, de 1700 ha de vinhas plantadas, podendo chegar a 3000ha, com 80 mil hectolitros anuais, a metade de toda a produção do Rhone Not, que contém igualmente Saint-Joseph, Hermitages, Cornas e Condrieu e Côte-Roties reunidos.

Para saber mais http://www.lemonde.fr/m-perso/article/2018/01/29/crozes-hermitage-le-bon-gout-en-heritage_5248480_4497916.html#AUs2kVlRWpQA97pj.99