RELATÓRIO ALENTEJANO – 28/03/2019

vinhos da região –

dois brancos

Eleição do Enólogo e Vinhas Velhas do Paulo Laureano

um rosado

quatro tintos

Dom Martin, Aventura (Susana Estebes), Roquevale, Esporão Reserva

comida

  1. Tremoços, rabanetes temperados, azeitonas pretas.
  2. Caldo grosso de almeijoas e outros bivalves + posta de cação coberta de pirão de caldo de camarão.
  3. Pão coberto de tutano de cabrito temperado com o molho da Chanfana
  4. Chanfana de pernil de cabrito + linguiças portuguesas em vinho branco.
  5. Queijos de leite de vaca e ovelha

Participantes -10 pessoas

Método de degustação – rótulo e conversa aberta, referente a cada um dos vinhos sem e com comida

Resultados – notas possíveis – taça – garrafa – caixa. Em vez de dar notas até 100, quando ninguém dá nota abaixo dos 80, a não ser que o vinho tenha defeito; trabalhar com alguma alternativa como a da Decanter que divide em partes de 20 (17/20 – 15/20 etc.) não satisfaz por ser pretensamente muito técnica, mas apenas esconde uma certa falsidade também. Elegemos dividir os vinhos do ponto de vista do mercado. Ou seja, quanto queremos dele, uma taça basta? Uma garrafa é o suficiente? Ou queremos caixas e caixas?!


1º vinho 1º branco – Paulo Loreano Eleição do Enólogo 2017

Enólogo: Eng. Paulo Laureano
Teor Alcoólico: 12,5% Casta: Blend de variedades típicas portuguesas. Cor: Citrina
Aroma: Cítrico com notas tropicais muito elegantes, agradáveis e uma forte mineralidade.
Prova: Fresco e macio de estrutura marcante e muito atraente.Observações: Vinho desenhado por Paulo Laureano onde toda a filosofia e paixão que emprega na construção de vinhos está bem latente.
Observações do líder: o grupo não curtiu o vinho, não teve empatia com a eleição do enologo. as notas foram baixas, apenas 8 taças. Para alguns participantes, nem mesmo a taça…

2º vinho – 2º branco – Paulo Laureano Private Selection Vinhas Velhas Branco 2016

Teor Alcoólico: 13,5% Casta: 100% Antão Vaz Cor: Citrina Aroma: Pleno de aromas tropicais e casca de tangerina mesclados com notas de especiarias. Prova: Vinho bem equilibrado com forte estrutura. Muito frontal e fresco na entrada, mostra-se depois untuoso com forte personalidade. Final de boca longo, fresco e de extrema elegância. Vinificação: 100% fermentado em barrica novas de carvalho francês e estagiado durante 6 meses nas mesmas barricas. Um assinatura do terroir da Vinea Julieta na Vidigueira.

Comentário do líder: este vinho, por sua complexidade maior, pela estrutura e, principalmente, pela boca longa e com suficiente acidez, foi muito bem com os pratos de mar. Ganhou notas bem significativas: 1 taça – 7 garrafas – 2 caixas

3º vinho – Rosé Cortes de Cima

Enólogo: Eng. Hamilton Reis e Eng. Hans Jorgensen Teor Alcoólico: 12,5% Casta: 50% Aragonez e 50% Merlot Cor: Rosada leve e brilhante. Aroma: Intenso aroma de pêssego e damasco com leve toque de flores brancas e especiarias. Prova: Paladar delicado de acidez viva e refrescante, final mineral e persistente. Observações: Produção total: 10.690 garrafas. As uvas que deram origem a este vinho crescem nas vinhas de Cortes de Cima, onde se segue um programa de viticultura sustentada. Um lote de Aragonez e Merlot, resultante das primeiras colheitas da vindima. As uvas ficaram em maceração pelicular durante 24h a que se seguiu a prensagem direta de ambas as castas com extração exclusiva da fração lágrima. Estagiou durante dois meses em borras finas com agitação regular.

Observações do líder: o rosé não é encarado com pouca seriedade pelo grupo que tem pouca afinidade com este tipo de vinho, muito menos colorido que outros tantos do mercado, bem mais sisudo no nariz e na boca, vinho essencialmente de gastronomia -3 taças – 5 garrafas – 2 caixas

4º vinho – 1º tinto – Dom Martinho

14% – Aragonez(40%), Alicante Bouschet(30%), Trincadeira (20%) e Cabernet Sauvignon (10%) – 12 meses em barricas de carvalho francês – Enólogo Hugo Carvalho – Argilo-calcário.
Observações do líder – o vinho não foi muito bem recebido na degustação sem comida, mas cresceu em aprovação com a chanfana de cabrito, pois acolheu a gordura e o sabor firme do prato de muita horas de cozimento, temperado finamente.
Recebeu notas apenas razoáveis – 6 taças – 3 garrafas


5º vinho – 2º Tinto – Aventura de Susana Esteban

 

13,5%, Aragonês, Touriga Nacional.

Observações do líder: aqui, a madeira ficou faltando no gosto do pessoal. Ninguém falou isso tão claramente, mas é que os aromas terceários não se apresentam e aí o vinho ficou um pouco leve em relação à expectativa.

Ganhou 4 taças – 3 garrafas – 2 caixas

6º vinho – 3º tinto – Roquevale Grande Reserva 2013

14% – Alicante Bouchet, Aragonês e Tinta Caiada. 24 meses de barrica francesa de 2º e 3º uso. Desde o lançamento em 1989 faz grande sucesso, tendo sido premiado por todo canto. A madeira encontrou seu lugar, num vinho com muita potência, mas amaciado pelos anos, está muito bem. Observações do líder: este é o vinho mais emblemático da mostra. Grande ataque, fim de boca longo, álcool e madeira. Tirou 4 garrafas – 6 caixas

7º Vinho – 4º tinto – Esporão Reserva 2015

14,5% – Alicante Bouschê – Aragonês – Cabernet Sauvignon e Trincadeira. Passa 12 meses em barricas francesas e americanas depois de completar a fermentação malolática em inox. Complexo, mentolado, intenso e persistente na boca. O cabernet sauvignon tira qualquer estranhamento, o enófilo sente-se em casa. Observações do líder: este vinho tem menos tipicidade, até porque passa por madeira americana o que lhe dá um fino toque de mentol. Mas é um paladar que se universalizou, particularmente entre nós, norte e sul americanos, importadores de grandes vinhos. Foi o campeão da noite: 4 garrafas – 7 caixas.